Três dias depois do Dia Internacional das Mulheres, data que homenageia as 130 mulheres que morreram durante uma manifestação em NY, inicia-se o julgamento de um homicídio bastante repercutido pela mídia brasileira: o caso Mércia Nakashima.
Para quem não se lembra, Mércia Nakashima foi encontrada morta no fundo de uma represa em Nazaré Paulista, cidade vizinha de Guarulhos. O laudo do Instituto Médico Legal (IML) indicou morte por afogamento, depois da vítima ter sido baleada de raspão no rosto e nas mãos e sofrer um desmaio.
À polícia, um pescador afirmou que, quando se preparava para pescar na represa, viu um carro ser abandonado na água. Ele contou que ouviu gritos antes do veículo submergir e que no local estava um homem alto, cuja face não conseguiu enxergar.
Com o inquérito concluído, a Justiça pediu a prisão de Mizael, ex-namorado da vítima, e do vigilante Evandro Bezerra Silva, que teria encontrado com o suspeito na noite do crime e, posteriormente, tentado vender informações sobre o caso para a família da vítima. Dias depois, no entanto, a decisão foi revogada e ambos puderam responder o processo em liberdade.
Esse caso me lembrou bastante o filme ‘Dormindo com o inimigo’, com Julia Roberts no elenco. Martin Burney (Patrick Bergin) parecia ser o homem dos sonhos de Laura (Julia Roberts): bonito, bem-sucedido e sedutor. Mas logo quando eles se casam , ela descobre o verdadeiro Martin, o pior pesadelo de uma mulher: compulsivo, dominador e perigosamente violento.
Para quem sofre ou conhece alguém que seja violentada, disque 180 e relate a denúncia para a Central de Atendimento à Mulher. Além de registrar ocorrências o serviço disponibiliza também dados sobre os atendimentos feitos nos seis anos de vigência da Lei Maria da Penha e no primeiro semestre deste ano, trazendo o ranking por estados e, pela primeira vez, por capitais e municípios. Saiba mais aqui.
Sinopse
Em um casamento que já dura quatro anos Sara (Julia Roberts) e Martin (Patrick Bergin) personalizam o par mais perfeito, feliz e próspero, mas na realidade o marido espanca regularmente sua mulher. Assim, para escapar desta tortura diária, ela simula sua própria morte e foge para uma outra cidade, a fim de recomeçar sua vida com uma nova identidade. Após algum tempo ela se apaixona, mas seu marido descobriu indícios de que ela pode estar viva e decide encontrá-la de qualquer maneira.
Interessante a analogia, mas acho que você abordou com um certo distanciamento a violência contra a mulher, propriamente dita, e a representação da lei Maria Da Penha numa sociedade machista, já que está falando sobre esta relação.